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Por Pedro Junior 8 de março de 2017
NOTAS EXPLICATIVAS:
1º - BCG - 
Tuberculose: Deve ser aplicada em dose única. Uma segunda dose da vacina está recomendada quando, após seis meses da primeira dose, não se observa cicatriz no local da aplicação. Hanseníase: Em comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose (ver norma específica). Em recém-nascidos filhos de mãe que utilizaram imunossupressores na gestação pode estar indicado o adiamento da vacinação.

2º -Hepatite B -
A primeira dose da vacina Hepatite B deve ser idealmente aplicada nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose está indicada com um ou dois meses de idade e a terceira dose é realizada aos seis meses. Desde 2012 no Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina combinada DTP/Hib/HB (denominada pelo Ministério da Saúde de Penta) foi incorporada no calendário aos 2, 4 e 6 meses de vida. Dessa forma, os lactentes que fizerem uso desta vacina recebem quatro doses da vacina Hepatite B. Aqueles que forem vacinados em clínicas privadas podem manter o esquema de três doses, primeira ao nascimento e segunda e terceira dose aos 2 e 6 meses de idade. Nestas duas doses, pode-se utilizar vacinas combinadas acelulares – DTPa/IPV/Hib/HB. Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 Kg ou idade gestacional < 33 semanas devem receber, obrigatoriamente, além da dose de vacina ao nascer, mais três doses da vacina (total de 4 doses, 0, 2, 4 e 6 meses). Crianças maiores de 6 meses e adolescentes não vacinados devem receber 3 doses da vacina no esquema 0, 1 e 6 meses. A vacina combinada Hepatite A+B (apresentação adulto) pode ser utilizada na primovacinação de crianças de 1 a 15 anos de idade, em 2 doses com intervalo de seis meses. Acima de 16 anos o esquema deve ser com três doses (0, 1 e 6 meses). Em circunstâncias excepcionais, em que não exista tempo suficiente para completar o esquema de vacinação padrão de 0, 1 e 6 meses, pode ser utilizado um esquema de três doses aos 0, 7 e 21 dias (esquema acelerado). Nestes casos uma quarta dose deverá ser feita, 12 meses após a primeira, para garantir a indução de imunidade em longo prazo. Recém-nascidos filhos de mães portadoras do vírus da hepatite B (HbsAg positivas) devem receber, ao nascer, além da vacina, a imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG), na dose de 0,5ml no membro inferior contralateral.

3º -DTP/DTPa -
Difteria, Tétano e Pertussis (tríplice bacteriana). A vacina DTPa (acelular), quando possível, deve substituir a DTP (células inteiras) pois tem eficácia similar e é menos reatogênica. O segundo reforço pode ser aplicado entre quatro e seis anos de idade.

4º -dT/dTpa -
Adolescentes com esquema primário de DTP ou DTPa completo devem receber um reforço com dT ou dTpa, preferencialmente com a formulação tríplice acelular. No caso de esquema primário para tétano incompleto, este deverá ser completado com uma ou duas doses da vacina contendo o componente tetânico, sendo uma delas preferencialmente com a vacina tríplice acelular. Crianças com 7 anos ou mais, nunca imunizadas ou com histórico vacinal desconhecido, devem receber três doses da vacina contendo o componente tetânico, sendo uma delas preferencialmente com a vacina acelular com intervalo de dois meses entre elas (0, 2 e 4 meses - intervalo mínimo de quatro semanas). Gestantes devem receber, a cada gravidez, uma dose da vacina dTpa entre 26 e 37 semanas de idade gestacional.

5º -Hib -
A Penta do MS é uma vacina combinada contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B (conjugada). A vacina é recomendadaem três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. Quando utilizada pelo menos uma dose de vacina combinada com componente pertussis acelular (DTPa/Hib/IPV, DTPa/Hib, DTPa/Hib/IPV,HB, etc.), disponíveis em clínicas privadas, uma quarta dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas causadas pelo Hib em longo prazo.

6º -VIP/VOP -
As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses, devem ser feitas obrigatoriamente com a vacina pólio inativada (VIP). A recomendação para as doses subsequentes é que sejam feitas preferencialmente também com a vacina inativada (VIP). Nesta fase de transição da vacina pólio oral atenuada (VOP) para a vacina pólio inativada (VIP) é aceitável o esquema atual recomendado pelo PNI que oferece três doses iniciais de VIP (2, 4 e 6 meses de idade) seguidas de duas doses de VOP (15 meses e 4 anos de idade). As doses de VOP são feitas, desde 2016, com a vacina bivalente, contendo os sorotipos 1 e 3, e podem ser administradas na rotina ou nos Dias Nacionais de Vacinação. Crianças podem receber doses adicionais de vacina VOP nas campanhas, desde que já tenham recebido pelo menos três doses de VIP anteriormente. Evitar VOP em todas as crianças imunocomprometidas e nos seus contatos domiciliares, nestas circunstâncias utilizar a VIP.

7º -Pneumocócica conjugada -
Está indicada para todas as crianças até 5 anos de idade. Recomendam-se três doses da vacina Pneumocócica conjugada no primeiro ano de vida (2, 4, 6 meses), e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida. Crianças saudáveis com esquema completo com as vacinas 7 ou 10-valente podem receber uma dose adicional da vacina 13-valente, até os cinco anos de idade. O Ministério da Saúde reduziu, em 2016, o esquema da vacina pneumocócica 10-valente para duas doses, administradas aos 2 e 4 meses, seguida de um reforço, preferencialmente aos 12 meses de idade, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade. Essa recomendação foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem efetividade semelhante ao esquema de três doses mais reforço. Crianças com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva devem receber também a vacina polissacarídica 23-valente, com intervalo de dois meses entre elas (vide recomendações no manual do CRIE – Centro de Referência de Imunobioló gicos Especiais), a partir dos dois anos de idade. Nestes casos, aplicar preferencialmente uma dose da vacina 13 - valente, dois meses antes da vacina 23- valente.

8º -Meningocócica conjugada -
Recomenda-se o uso rotineiro das vacinas meningocócicas conjugadas para lactentes maiores de 2 meses de idade, crianças e adolescentes. Sempre que possível utilizar preferencialmente a vacina MenACWY pelo maior espectro de proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente vacinadas com MenC. Crianças com esquema vacinal completo com a vacina MenC podem se beneficiar com uma dose da vacina MenACWY a qualquer momento respeitando-se o intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. No Brasil estão licenciadas as vacinas: MenC e MenACWY-CRM a partir dos 2 meses de idade e a MenACWY-TT a partir de 1 ano de idade. O esquema de doses varia conforme a vacina utilizada. MenC: duas doses, aos 3 e 5 meses de idade e reforço entre 12-15 meses. Iniciando após 1 ano de idade: dose única. MenACWYCRM: três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade e reforço entre 12-15 meses. Iniciando entre 7 e 23 meses de idade: 2 doses, sendo que a segunda dose deve ser obrigatoriamente aplicada após a idade de 1 ano (mínimo 2 meses de intervalo). Iniciando após os 24 meses de idade: dose única. MenACWY-TT: dose única a partir dos 12 meses de idade. A recomendação de doses de reforço 5 anos após (entre 5 e 6 anos de idade para os vacinados no primeiro ano de vida) e na adolescência (a partir dos 11 anos de idade) é baseada na rápida diminuição dos títulos de anticorpos associados à proteção, evidenciada com todas as vacinas meningocócicas conjugadas.

9º -Meningocócica B recombinante -
Recomenda-se o uso da vacina meningocócica B recombinante para lactentes a partir de 2 meses de idade, crianças e adolescentes. Para os lactentes que iniciam a vacinação entre 2 e 5 meses de idade, são recomendadas três doses, com a primeira dose a partir dos 2 meses e com pelo menos 2 meses de intervalo entre elas e uma dose de reforço entre 12 e 23 meses de idade. Para os lactentes que iniciam a vacinação entre 6 e 11 meses, duas doses da vacina são recomendadas, com dois meses de intervalo, e uma dose de reforço no segundo ano de vida. Para crianças que iniciam a vacinação entre 1 e 10 anos de idade, são indicadas duas doses, com 2 meses de intervalo entre elas. Finalmente, para os adolescentes e adultos são indicadas duas doses com 1 mês de intervalo. Não se conhece a duração da proteção conferida pela vacina e a eventual necessidade de doses de reforço.

10º -Rotavirus - Existem duas vacinas licenciadas. A vacina monovalente incluída no PNI, indicada em duas doses, seguindo os limites de faixa etária: primeira dose aos 2 meses (limites de 1 mês e 15 dias até, no máximo, 3 meses e 15 dias) e a segunda dose aos 4 meses (limites de 3 meses e 15 dias até no máximo 7 meses e 29 dias). A vacina pentavalente, disponível na rede privada, é recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose deverá ser administrada no máximo até 3 meses e 15 dias e a terceira dose deverá ser administrada até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo é de quatro semanas entre as doses. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar durante a administração da vacina ou depois dela, a dose não deve ser repetida. Recomenda-se completar o esquema com a vacina do mesmo laboratório produtor.

11º -Influenza -
Está indicada para todas as crianças e adolescentes a partir dos 6 meses de idade. A primovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses com intervalo de 1 mês. A dose para aquelas com idade entre 6 a 35 meses é de 0,25 mL, e para crianças a partir de 3 anos a dose é de 0,5 mL. Existem disponíveis duas vacinas influenza: tri e quadrivalente, sendo que a segunda contempla uma segunda variante da cepa B. A vacina deve ser feita anualmente e, como a influenza é uma doença sazonal, a vacina deve ser aplicada antes do período de maior circulação do vírus. Sempre que possível utilizar preferencialmente vacinas quadrivalentes, pelo maior espectro de proteção.

12º -Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela -
(vacinas tríplice viral – SCR; tetraviral – SCRV; varicela). Aos 12 meses de idade: devem ser feitas, na mesma visita, as primeiras doses das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela, em administrações separadas, ou a vacina tetraviral (SCRV). A vacina SCRV se mostrou associada a uma maior frequência de febre em lactentes que receberam a primeira dose com esta vacina, quando comparados com os que recebem as vacinas varicela e tríplice viral em injeções separadas. Aos 15 meses de idade deverá ser feita a segunda dose, preferencialmente com a vacina SCRV, com intervalo mínimo de três meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV. Em situações de risco como, por exemplo, surtos ou exposição domiciliar ao sarampo, é possível vacinar crianças imunocompetentes de 6 a 12 meses com a vacina SCR. Em casos de surtos ou contato íntimo com caso de varicela, a vacina varicela pode ser utilizada a partir de 9 meses de vida. Nesses casos, doses aplicadas antes dos 12 meses de idade não são consideradas válidas, e a aplicação de mais duas doses após a idade de um ano é necessária. O PNI introduziu a vacina varicela em dose única, e embora este esquema tenha se mostrado altamente eficaz para prevenção de formas graves da doença, recomenda-se uma segunda dose para otimizar a eficácia da vacina, especialmente para a prevenção de formas leves e surtos da doença. A vacina varicela pode ser indicada na profilaxia pós exposição dentro de cinco dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas.

13º -Hepatite A -
A vacina deve ser administrada em duas doses, a partir dos 12 meses de idade. O intervalo mínimo entre as doses é de 6 meses.

14º -Febre amarela-
Indicada para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos 10 dias antes da data da viagem). Indicada também para pessoas que se deslocam para países em situação epidemiológica de risco. Nas áreas com recomendação da vacina, de acordo com o MS, indica- se um esquema de duas doses, aos nove meses e quatro anos de idade, sem necessidade de doses de reforço. Em situações excepcionais (ex. surtos) a vacina pode ser administrada a partir dos 6 meses de idade com reforço aos quatro anos, também sem necessidade de doses adicionais. A OMS recomenda atualmente apenas uma dose sem necessidade de reforço a cada 10 anos. Para viagens internacionais prevalecem as recomendações da OMS com comprovação de apenas uma dose. Em mulheres lactantes inadvertidamente vacinadas o aleitamento materno deve ser suspenso, preferencialmente por 28 dias após a vacinação e no mínimo por 15 dias. A vacina febre amarela não deve ser administrada no mesmo dia que a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) em crianças menores de dois anos, devido à possível interferência na resposta imune. Recomenda-se que estas vacinas sejam aplicadas com intervalo de 30 dias.

15º -HPV-
Existem duas vacinas disponíveis no Brasil contra o HPV (Papilomavírus humano). A vacina com as VLPs (partículas semelhantes aos vírus – “virus-like particle”) dos tipos 16 e 18 que está indicada para meninas maiores de 9 anos de idade, adolescentes e mulheres, em três doses. A segunda dose deve ser feita após um mês e a terceira dose seis meses após a primeira. A vacina com as VLPs dos tipos 6, 11, 16 e 18 está indicada para meninas e mulheres entre 9 e 45 anos e para meninos e homens entre 9 e 26 anos de idade, em três doses. A segunda dose deve ser administrada após dois meses e a terceira dose 6 meses após a primeira. Um esquema alternativo de vacinação para indivíduos entre 9 e 13 anos de idade é feito com duas doses, sendo a segunda dose 6 meses após a primeira. A vacina disponível no PNI, exclusivamente para o sexo feminino entre 9 e 13 anos de idade, é a vacina com as VLPs 6, 11, 16 e 18 que a partir de 2016 é oferecida no esquema de duas doses, sendo que a menina recebe a segunda dose seis meses após a primeira. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 13 anos de idade não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 16 a 26 anos que receberam três doses. As meninas e mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos de idade devem continuar recebendo o esquema de três doses.

16º - Dengue - A vacina dengue foi recentemente licenciada em nosso país no esquema de três doses (0, 6 e 12 meses) e está recomendada rotineiramente para crianças e adolescentes a partir de 9 anos até no máximo 45 anos de idade, em regiões endêmicas. Está contra indicada para gestantes, mulheres que amamentam e portadores de imunodeficiências.

17º - Vacinação do adolescente e adulto –
A vacinação de adolescentes e adultos contribui para a redução de casos de doenças imunopreveníveis na criança. Levar sempre em conta o histórico vacinal prévio.
Por Rafael Souza 21 de fevereiro de 2017

A alimentação saudável possibilita o crescimento e desenvolvimento adequados, otimiza o funcionamento do corpo e atua na prevenção de doenças.

O leite humano atende completamente as necessidades do bebê e deve ser oferecido de forma exclusiva até os seis meses de vida. Vários estudos comprovam o benefício imediato, na prevenção de doenças e alergias, estimução do sistema imunológico e maturação do sistema digestório e neurológico. O Aleitamento materno ainda reduz o risco de obesidade na vida adulta.

Após os seis meses ocorre a introdução lenta e gradual dos alimentos complementares, sem rigidez de horário e respeitando a vontade da criança. A Consistência da alimentação complementar deverá começar como pastosa e gradativamente, aumentar até chegar à alimentação da família. A oferta de alimentos diferentes a cada dia deve ser estimulada. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. O consumo de frutas, verduras e legumes deve ser uma rotina na vida das crianças. Açúcar, enlatados, frituras, refrigerantes e outras guloseimas devem ser evitados nos primeiros anos de vida.

O leite de vaca integral, que é pobre em ferro e zinco, não deve ser introduzido antes de 12 meses de vida, já que é um dos grandes responsáveis pela em menores de 2 anos no Brasil.

A água potável deve ser introduzida junto aos alimentos complementares.

A queixa de redução da quantidade de alimentos ingeridos no segundo ano de vida é extremamente frequente, já que a velocidade de crescimento reduz, naturalmente. Por isso, a criatividade e paciência são fundamentais.

Os principais organismos internacional de nutrição infantil concordam que não deve haver restrição de gordura e colesterol durante os dois primeiros anos de vida, uma vez que são importantes para a mielinização.

O período pré-escolar engloba a idade de 2 a 6 anos é chamada fase de transição: a criança sai de uma fase de total dependência para uma fase de maior independência( escolar e adolescente). Essa etapa tem como característica uma redução natural da ingesta assim como um comportamento imprevisível e variável. Na alimentação do pré escolar, dois tipos de personalidade são muito conhecidos:

1.Neofobia: dificuldade de aceitar alimentos novos ou desconhecidos.

2.Picky/fussy eating: rejeição de grande variedade de alimentos, com dieta pouquíssimo variada.

Frente a esse perfil do pré-escolar a realização de consultas pediátricas periódicas faz-se necessário, com o objetivo de monitoração do crescimento e desenvolvimento.  Nessa fase, o esquema alimentar deve ser composto de 5 ou 6 refeições diárias. A quantidade dos alimentos nos pratos deve ser proporcional ao grau de aceitação da criança. A criança não deve ser obrigada a comer tudo que está no prato.

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